sábado, 13 de agosto de 2011

Quadrilogia Callie Khouri

Terminamos hoje a quadrilogia fílmica Callie Khouri com o filme Mad Money, traduzido em português (BR) como Loucas por Amor, Viciadas em Dinheiro, 2008.

O que foi apresentado no debate durante o curso pelos participantes foi muito pertinente, pois o grupo conseguiu produzir sentidos com base nas leituras teóricas propostas, salientando a importância da crítica feminista como intérprete da cultura e da sociedade, no filme a sociedade norte-americana capitalista que engendra valores de classe, de gênero e de raça, permitindo àqueles que tem dinheiro e o conhecimento acesso aos bens simbólicos (observa-se que a mulher mais velha e de grau universitário, professora de literatura comparada, é a estrategista e é quem planeja cada ação) transita em toda a trama. 

O filme reúne uma dona-de-casa intelectual de classe média alta (Bridget/Diane Keaton), uma mulher negra, mãe solteira (Queen Queen Latifah/Nina) e uma jovem hippie, que mora em um trailler (Jackie/Kate Holmes) protagonizadoras de um roubo que durou 3 anos de um banco federal de segurança máxima.

Na função de faxineiras (Bridget e Jackie) e de processadora de notas velhas (Nina), as mulheres desafiam o Estado (como em Thelma & Louise) para sobreviverem, terem condições de alçar sonhos que o próprio sistema que as exclui promete. Bridget procura um emprego, mas o mercado não tem vaga para mulheres velhas e sem qualificação (educada para ser mãe e esposa) e o marido encontra-se desempregado, o que levou a acumular uma enorme dívida. Prestes a perder a casa e todos os benefícios conquistados ao longo da vida, o casal não consegue manter o status. Nina quer dar a educação para os filhos, mas o sistema racista e classista a impede, tendo que se contentar com escolas feitas para pobres e negros e, por isso, sem atenção dos governantes. Abandonada à sorte, a educação dos filhos fica comprometida, o que leva a ser tentada a fazer parte do esquema. Jackie tinha vontade de viajar, mas para isso precisava de dinheiro, contudo o lado inconsequente de Jackie facilitou fazer parte do assalto.

O que elas tinham a perder? O filme desloca, assim como em Divinos Segredos, Thelma & Louise e O Poder do Amor, da mesma roteirista e diretora, a ideia de mulheres passivas e as representa empoderadas, capazes de enfrentar qualquer situação difícil e empreender qualquer atividade, enfrentando o Estado e outras instituições que as querem resignadas, humilhadas e indigentes.


O que é Mad Money?

Se você já ouviu alguém, especialmente mulher, dizer que ela está entrando em seu “Mad Money” escondido, você deve estar querendo saber o que isso significa. O primeiro pensamento rraz à mente a raiva de uma pliha de contas, mas a sensação é realmente relacionada a como um gastador de dinheiro se sente. Gastar dinheiro louco é uma reação à vida, embora só deva ser usado por aqueles que realmente têm dinheiro de sobra.

De acordo com a Random House, o termo "Mad Money" tem suas raízes na década de 1920. Ele foi originalmente criado como um termo para as mulheres que precisavam de um plano de backup no caso de um encontro que desse errado, geralmente, no caso de um avanço sexual não desejado. Se a mulher veio empurada de um encontro ruim cuja companhia que se recusou a levá-la para casa, ela teria um táxi ou passagem de ônibus para voltar. Conseqüentemente, o termo "louco", é porque ela estaria irritada com o seu encontro malogrado e de ele ser menos do que um cavalheiro, tendo que viajar sozinha para casa. Era quase inédito na época para uma mulher viajar para casa de um encontro sem uma escolta, assim, para uma mulher usar seu "Mad Money" teria que ser por um gesto extremo de
desgosto.

Ao longo do tempo
, a definição de dinheiro louco evoluiu. Agora, é geralmente um termo que descreve o dinheiro extra que uma mulher usa para passar tranquilamente. Mais uma vez o adjetivo "louco" é usado para descrever o estado de espírito da mulher no momento dos gastos. Assim, por exemplo, se o marido de uma mulher está a trabalhar longas horas ou ela tem um dia ruim no trabalho, ela vai usar seu dinheiro
escondido louco para sair e comprar roupas novas e outros itens. Isto é ssupostamente para fazê-la se sentir melhor sobre sua situação difícil.

Uma vantagem
clara para o dinheiro louco é o período de tempo em que a mulher tem satisfação. Ela é capaz de fazer compras e gastar todo esse dinheiro no que ela quer. Shopping é um comportamento viciante, semelhante a endorfinas liberadas quando alguém vai a uma farra, semelhante à sensação que o jogador tem quando eles têm pressa de apostar tudo. A sensação é de euforia, mas, novamente, apenas temporário. O cliente temporariamente se sente bem, "ficando louco" com a situação e de "voltar" a gastar o dinheiro.

A desvantagem óbvia do dinheiro louco é quando o dinheiro não é verdadeiramente "dinheiro extra". Se uma pessoa tem uma dívida, não há realmente nenhuma coisa como o dinheiro louco, até que toda a dívida seja saldada. Assim, quando uma mulher com uma dívida tem o hábito de dinheiro louco, ela está cavando-se ainda mais em um buraco. Sem mencionar que muitas pessoas que vão fazer compras em dinheiro louco nem sequer usa o que comprou.

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